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Sobre ser PAI

Hoje é o dia dos pais e tentei passar ilesa a este dia. TENTEI. E como não passou de uma tentativa, decidi escrever para (também) tentar aliviar o peito... Então, vamos lá!


Há algum tempo assisti um curta-metragem (já perceberam que adoro curtas né?!) muito fofo, no qual um garotinho vai com o pai e o avô mudar a fase da lua, que aparentemente era a função do avô, que passou para o filho, e agora ambos querem ensinar a tarefa à criança. E hoje me lembrei deste curta e revi. A primeira vez que vi (quando uma mãe de uma paciente falou a respeito dele) tive uma interpretação, mas hoje após rever, minha interpretação ampliou, pois foi inevitável fazer um link com o dia dos pais.


Vocês sabem qual é a função da figura paterna para a psicologia? Bom, a psicologia tem diversas abordagens, por isso cada autor tem uma teoria a respeito. Generalizando e resumindo bastante, a literatura aponta que a participação efetiva do pai na vida de um filho promove segurança, autoestima, independência e estabilidade emocional.


As transformações históricas e sociais envolvendo as configurações familiares, principalmente com relação ao papel do pai, estão ocorrendo desde o século passado, e não chegaram ao seu final. Atualmente a figura paterna tende a estar cada vez mais próxima de seus filhos. Os pais estão mais participativos e compartilhando vários aspectos da vida de suas crianças, tanto do ponto de vista emocional, social, quanto cognitivo. Ainda, há muitos pais que não estão ocupando este lugar, seja por não desejarem ocupar ou por acreditarem que não podem. Por outro lado, há também muitas mães que não concedem este direito ao pai de seus filhos, o que é uma lástima...


Voltando ao curta, pude perceber o quanto o avô e o pai tentam ditar ao garotinho o que ele deve ou não fazer, agir e até mesmo se vestir (não nessa ordem), e apesar disso, o garotinho se sentiu seguro para agir conforme sua intuição. E foi lindo! Foi lindo também eu me lembrar do meu pai e de todas as vezes que ele me encorajou a fazer alguma coisa da qual eu tinha medo, de todas as vezes que ele me levou ao parque de diversão, e das vezes que ele transformava qualquer coisa (QUALQUER COISA MESMO) em diversão!


Lembranças tão positivas em relação ao meu pai me fizeram agradecer por ter tido a oportunidade de crescer com a presença de uma pessoa tão iluminada e tão empenhada no trabalho de ser PAI. Mas, lembrei também que não são todas as pessoas que tem tal “oportunidade”. Percebo que nos dias de hoje, um dos maiores problemas na educação dos filhos é a ausência do pai ou de uma figura que o substitua (vale ressaltar aqui que a figura paterna pode ser representada por um tio, um avô ou outro adulto do sexo masculino que participe da vida da criança e que tenha um vínculo satisfatório com ela). A presença paterna na família é diferente e complementar à materna.


Pare para observar: os filhos necessitam de apoio e segurança e de valores que naturalmente cabe ao pai transmitir. Os jovens procuram no seu pai um modelo com o qual possam se identificar. Se o pai está ausente, outros modelos virão ocupar esse vazio, com grande probabilidade de não serem modelos, digamos, propriamente exemplares.


Entretanto, se os pais participarem e definirem em conjunto como querem educar, poderão reforçar os seus papéis e darão aos seus filhos um modelo de crescimento saudável e harmonioso, com todas as condições para que o filho seja lançado na vida adulta, de forma mais segura, estruturada e feliz.


Então, aproveito o ensejo para pedir que os papais de plantão leiam e reflitam sobre a maneira que estão se colocando perante seus filhos, sobre o quanto desejam uma boa formação (psicológica) para seus filhos e também sobre a forma que desejam ser lembrados pelos mesmos. Você pensa que o garotinho do curta se sentiu tão seguro a seguir sua intuição por quê? (reflita aí!)


FELIZ DIA DOS PAIS a você, que certamente oferece o seu melhor para que seu(s) filho(s) tenha(m) um bom desenvolvimento. Afinal, foi por causa do nascimento dele(s), que você recebeu este “título” rs!


Ah! Vou colocar o curta-metragem para quem tiver curiosidade.

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