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Sobre o final de cada ano e a ansiedade



Parece que o ano está realmente chegando ao fim. Nesta época, as pessoas se olham e comentam “nossa como passou rápido!”. Outros, resmungando, torcem para que ele se vá de uma vez. Alguns sorriem e agradecem por tudo de bom (e também pelas experiências possíveis pelos acontecimentos nem tão bons assim) que aconteceu. Independente de qual seja o seu caso, 2015 está começando a acenar lá da esquina.


E quando um ano termina é inevitável aquela retrospectiva, aquele balanço de expectativa e metas traçadas no início do ano x realidade vivida dia após dia. E geralmente quando fazemos isso percebemos que nem tudo saiu como o esperado, seja porque não dependia somente de nós ou porque não continuamos tão motivados para buscarmos a realização das metas outrora planejadas… Independente do motivo, neste momento aflora na gente certa ansiedade em relação ao ano que está por vir.


Ansiedade todo mundo tem. Emprego novo, casamento, namoro, uma reunião importante. Tudo isso gera ansiedade, cócegas na garganta, e frio na barriga. Essa ansiedade não paralisa. Ela não afeta o comportamento de ninguém a ponto de ser prejudicial. É uma ansiedade que surge frente ao novo, às mudanças, ao desconhecido. É uma ansiedade até gostosa. Maaaasss, nem toda ansiedade é assim.


Existe também aquela ansiedade agoniante, que não é nada boa. Aquela que te impede de fazer coisas simples, aquelas coisinhas que todo mundo faz, como tomar banho, entrar em um elevador, ir ao cinema, medir a pressão, ir a um show, dormir sozinho, enfrentar o trânsito, etc, etc, etc. Infelizmente essa ansiedade maltrata, machuca, desespera.


O TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizada) é a ansiedade generalizada e persistente que não ocorre exclusivamente nem mesmo de modo preferencial numa situação determinada (a ansiedade é “flutuante”). Os sintomas essenciais são variáveis, mas compreendem nervosismo persistente, tremores, tensão muscular, taquicardia, transpiração, sensação de vazio na cabeça, palpitações, tonturas e desconforto epigástrico. Medos de adoecer repentinamente ou sofrer acidente, seja consigo ou com alguém próximo, são frequentemente expressos.


E não pensem que para por aí, os sintomas ansiosos podem “evoluir” para a Síndrome do Pânico. A característica essencial deste transtorno são os ataques recorrentes de uma ansiedade grave (ataques de pânico), que não ocorrem exclusivamente numa situação ou em circunstâncias determinadas, são de fato imprevisíveis. Como em outros transtornos ansiosos, os sintomas essenciais comportam a ocorrência brutal de palpitação e dores torácicas, sensações de asfixia, tonturas e sentimentos de irrealidade (despersonalização ou desrealização). Existe, além disso, frequentemente um medo secundário de morrer, de perder o autocontrole ou de ficar louco.


Só de ler a gente sente “uma coisa ruim” né?! Imagine então quem sente tudo isso?! Não é frescura não, e felizmente tem tratamento e cura! O ideal é fazer um acompanhamento psiquiátrico e psicológico, além de praticar atividades físicas, ter uma alimentação balanceada, reciclar falsas crenças (por exemplo: sentimento de incapacidade, complexo de inferioridade, necessidade neurótica de ser perfeito), não ser uma máquina de trabalhar, fazer higiene mental, gerenciar o sofrimento antecipatório, entre outros.


Diante disso tudo, que tal parar agora por alguns minutinhos e pensar sobre VOCÊ, sobre suas metas (aqueeelas traçadas no início do ano), reveja seus conceitos ~muita coisa muda ao longo de um ano~, e se necessário, trace novas metas (e trabalhe nelas diariamente, uma dose de persistência e dedicação fazem um bem danado!). Pare de se sabotar e de trair a SUA qualidade de vida: relaxe, dialogue com pessoas que confia, faça coisas prazerosas, tenha momentos só seus, trabalhe sua espiritualidade, faça o bem e sinta-se melhor! ;)


Um beijo, com carinho: Thays.

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